Olá pessoal, o objetivo deste blog é fornecer material extra para os meus alunos de PLE, além de poder compartilhar material e ideias com outros professores.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cozinha Caipira

Virado à Paulista e outros pratos típicos de longa data que existem no atual estado de São Paulo são o resultado de necessidades específicas de outros tempos. Antigamente, no tempo em que ainda era tudo Mata Atlântica, índios e meia dúzia de portugueses malucos, os colonizadores que se estabeleceram no litoral e posteriormente no que hoje é a cidade de São Paulo, faziam incursões em busca de riquezas. Os cabras iam mato adentro caçando índios para vender como mão-de-obra escrava, além de riquezas como ouro e pedras preciosas. Mas eles entravam em algo quase sempre desconhecido, sem rumo muito certo e sem data para voltar. E neste meio tempo, que poderia levar mais de ano de viagem, precisavam se alimentar. Ao contrário dos índios, os brancos não sabiam encontrar comida com facilidade, naquelas terras inexploradas por eles. Era perigoso até morrerem envenenados por não saber o que comer naquele mundo estranho! Então, além de mulas carregando-os e aos materiais que poderiam precisar como armas e ferramentas, carregavam comida. Que fique claro que com o tempo, foram criando pequenos aldeamentos que serviam de posto de abastecimento. Mas continuemos com o que dizíamos.

Tropeiro Paulista, 1825, ilustração de Charles Landseer.

Até descobrirem as minas que deram origem ao estado de Minas Gerais, foi assim. Depois, porém, continuou sendo assim, já que as distâncias naqueles tempos eram maiores do que hoje devido aos meios de transportes disponíveis, e restaurante em cada esquina não existir. E lá iam eles, agora então tropeiros, cavalgando com seus cavalos, com o farnel de comida na garupa. Galopando, galopando, chacoalhando, chacoalhando. O que acontecia? A comida que era basicamente feijão com carnes misturadas e farinha de mandioca – uma coisa separada da outra – , misturava-se no chacoalhar da estrada, ficava tudo revirado. Desta mistura inicial do feijão, carnes e farinha de mandioca, nasceu o Feijão Tropeiro, que depois deu origem a outros pratos como o Virado à Paulista. Hoje, existem dois pratos típicos, o Virado à Paulista e o Tutu à Mineira, que nada mais são do que o que deu origem e o derivado, sendo os dois derivados, do Feijão Tropeiro.

Com o passar do tempo o Virado diferenciou-se um pouquinho do Tutu, ganhando cada um sua identidade própria. Deixamos então, agora, enfim, a receita do Virado à Paulista, uma das muitas desta refeição completa inventada pelos caminhos de São Paulo. Para quem conhece dos restaurantes de São Paulo, boa diversão tentando fazer em casa. Para quem não conhece, atenção, nada de ficar inventando, siga a receita direitinho senão não vira Virado e sim revirado.

Fonte: http://imaginacaoativa.wordpress.com/2009/09/10/virado-a-paulista/

Virado à Paulista




Feijao Tropeiro






Pamonha




Tutu de Feijao




Caldinho de Feijao




Caipirinha




Paçoca




Pé-de-Moleque




Rabada




Frango Caipira (2 receitas!!!)






Bolinho Caipira




Curau de Milho Verde




História de um Tropeiro



Série Tropeiros. ... houve alguns casos que burro até morreu estrepado... lá no Bananal, eu me lembro, que é uma região que dá muito café, tinha um burro muito bonito e ele estava debaixo de uma árvore, quando deu um estalo deeee lá de cima, eles falam corisco, bateu no burro e ele morreu no lugar. Mas tudo era respondido de uma forma agradável e aceito. Foi bem melhor no burro que ne nós... Contou essa e outras o Tropeiro José de Oliveira Rocha, Seu Deca, de Santa Maria de Suaçui.

Em julho de 1999, o Pesquisador e Documentista participa da Expedição Spix e Martius, que sai da cidade de Ouro Preto MG com destino a Diamantina MG. Foram 22 dias de viagem no lombo de mula, acompanhado por outros expedicionários em dois lotes de animais, tendo como objetivo resgatar a história das tropas e tropeiros, das viagens dos naturalistas europeus e de elaborar o Guia Turístico da Estrada Real. Muito do que sabemos sobre os tropeiros e do modo viajante da época nos foi narrado pelos naturalistas europeus, os cronistas do século XIX. O tropeiro circulou com suas tropas de burros e mulas, pelas mais diversas trilhas, caminhos e estradas das Minas de ouro e dos campos Gerais.

O tropeiro negociava o transporte e comercializava cargas de sua propriedade. Trabalhava, ainda, como mensageiro oficial, levava correio e transmitia notícias de um lugar a outro. Intermediava negócios, portava valores e medicamentos. Provendo os tropeiros e suas tropas com acessórios e infra-estrutura de viagem, estava o domador responsável pela doma dos animais, o cangalheiro que fazia e consertava as cangalhas, o seleiro que fazia e consertava selas, os pousadeiros que ofertavam serviços e infra-estrutura para pouso e descanso e muitos outros.

Esta atividade foi considerado como um complexo sistema de transporte no auge da exploração mineral, depois, com o declínio da mineração e o surgimento da indústria ferroviária e automobilística - séc. XX, esta atividade perde seu valor. E para salvaguardar toda esta epopéia, responsável pela pluralidade e diversidade da cultura mineira é que se propôs entrevistá-los visando gerar vídeo documentário ao final da série. Este trabalho voluntário foi realizado como atividade secundária, visto que, nesta ocasião o autor prestava consultoria na Identificação de Lideranças Locais para implementação do Turismo nos município de Berilo, Botumirim, Chapada do Norte, Cristália e Grão Mogol, pertencentes ao Circuito Turístico Lago de Irapé. Norte de Minas Gerais. Ronildo Araújo Machado / tedmachado

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=29c0G81Mc7w&feature=related

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